O que é endolimax nana?

Endolimax nana: Informações Gerais

Endolimax nana é uma ameba não patogênica que reside no intestino grosso de humanos e outros animais. É uma das menores amebas intestinais encontradas em humanos. A infecção por E. nana é chamada de endolimaxose. Apesar de sua prevalência, E. nana não causa doenças e é considerada um comensal, ou seja, vive no organismo hospedeiro sem causar dano.

Morfologia:

  • Trofozoíto: O trofozoíto de E. nana varia em tamanho de 6 a 12 micrômetros. Possui um citoplasma granular e um único núcleo com um cariossoma grande e irregular, que é uma característica distintiva. O citoplasma geralmente contém bactérias e outros restos celulares, mas não contém glóbulos vermelhos. A motilidade é lenta e não direcional.
  • Cisto: O cisto é esférico ou oval, medindo de 5 a 10 micrômetros. Possui tipicamente quatro núcleos quando maduro, embora cistos imaturos possam ter apenas um ou dois núcleos. O cariossoma é semelhante ao do trofozoíto, mas pode ser menor.

Ciclo de Vida:

O ciclo de vida de E. nana é direto. A infecção ocorre pela ingestão de cistos maduros em alimentos ou água contaminados com matéria fecal. Após a ingestão, os cistos resistem ao ambiente ácido do estômago e chegam ao intestino delgado, onde sofrem excistação, liberando os trofozoítos. Os trofozoítos se multiplicam por fissão binária e colonizam o intestino grosso. A encistamento ocorre no intestino grosso, e os cistos são então excretados nas fezes, completando o ciclo.

Transmissão:

A transmissão ocorre principalmente através da via fecal-oral, devido a:

  • Má higiene pessoal (como não lavar as mãos após usar o banheiro ou antes de preparar alimentos).
  • Consumo de água ou alimentos contaminados com fezes.
  • Más condições sanitárias.

Diagnóstico:

O diagnóstico de E. nana é feito pela identificação dos cistos ou trofozoítos em amostras de fezes. Técnicas de concentração fecal, como a sedimentação de formol-éter ou o método de centrífugo de flutuação de sulfato de zinco, podem aumentar a sensibilidade da detecção. A coloração com iodo pode ajudar a visualizar melhor as estruturas nucleares nos cistos. Exames de fezes múltiplos podem ser necessários para detectar a presença de E. nana, especialmente em infecções de baixa intensidade. Testes moleculares, como a PCR, estão disponíveis, mas geralmente não são necessários para o diagnóstico rotineiro.

Tratamento:

Como E. nana é não patogênica, o tratamento não é necessário. Se o indivíduo estiver infectado com outros parasitas intestinais patogênicos, o tratamento deve ser direcionado a esses parasitas. A identificação de E. nana pode indicar exposição a alimentos ou água contaminados, e medidas de higiene e saneamento devem ser revisadas.

Prevenção:

A prevenção da infecção por E. nana e outros parasitas intestinais envolve medidas simples, como:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente após usar o banheiro e antes de preparar alimentos.
  • Beber água potável ou fervida.
  • Lavar e cozinhar bem os alimentos, especialmente frutas e vegetais.
  • Evitar o consumo de alimentos de origem duvidosa, particularmente em áreas com saneamento precário.
  • Melhorar as condições sanitárias e de higiene na comunidade.

Termos Importantes: